AVENIDA AFONSO PENA, SUA LINDA! #COLLAB

Nosso colaborador, Ulisses Morato, destaca preciosidades arquitetônicas de umas das vias mais famosas de BH

POR ULISSES MORATO

Avenida Afonso Pena, uma majestosa via arquitetônica de Belo Horizonte! A região central de Belo Horizonte abriga o maior patrimônio histórico da cidade. A avenida Afonso Pena, o nosso grande eixo simbólico, é adornada por magníficos edifícios que representam os diferentes períodos de construção da capital. Para dar uma pequena amostra disso, selecionei cinco encantadoras fotografias antigas de obras nos estilos Eclético, Art Déco, Protomoderno e Moderno, que há décadas embelezam a paisagem urbana dessa majestosa via arquitetônica!

🖤 1. TRIBUNAL DE JUSTIÇA (1912) – Eclético

FOTO: ACERVO

A arquitetura de fundação da capital mineira, desenhada por seus arquitetos pioneiros, é filiada ao Ecletismo, estilo historicista disseminado pela École des Beaux-Arts de Paris. Desse período, um dos mais emblemáticos edifícios fica na avenida Afonso Pena. Trata-se do Palácio da Justiça (1912), projeto influenciado pelo Classicismo e que foi elaborado pelo arquiteto italiano Raphael Rebecchi (1844-1922). Suas fachadas chamam a atenção por sua rica ornamentação com elementos inspirados na arquitetura greco-romana.

🖤  2. CONDOMINIO ÁLVARO JOSÉ DOS SANTOS (1908) – Eclético

FOTO: ACERVO

Houve um tempo em que as torres encimadas por cúpulas dos edifícios mais suntuosos da capital mineira se impunham na paisagem urbana. O requintado Condomínio Álvaro José dos Santos (1908), mais conhecido como Castelinho – projeto do arquiteto português Antônio da Costa Christino (1869-1932) –, faz parte dessa geração de obras altivas. Ainda hoje, essa admirável construção se sobressai na esquina da Afonso Pena com Espírito Santo graças à sua imponente, ao mesmo tempo encantadora, arquitetura Eclética.

🖤  3. EDIFÍCIO ACAIACA (1946) – Art Déco

FOTO: ACERVO

O Edifício Acaiaca, uma torre com extraordinária solução decorativa de efígies indígenas esculpidas na fachada, tornou-se, em 1949, um imponente referencial Art Déco de Belo Horizonte, e uma das mais altas construções do Brasil naquela época. Essa grandiosa obra, uma marca da nossa cultura metropolitana assentada em 25 andares, foi projetada em 1946 pelo arquiteto mineiro Luiz Pinto Coelho. A relevância arquitetônica e simbólica desse edifício para a capital mineira pode ser aferida por alguns dos seus ilustres ex-ocupantes: a TV Itacolomy; o Cine Acaiaca; a Faculdade de Filosofia; o Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem; a Coteminas; A Fundação Mendes Pimentel; o IBGE; entre outros.

🖤  4. SEDE DOS CORREIOS E TELÉGRAFOS (1936) – Protomoderno

FOTO: ACERVO

A segunda sede dos Correios e Telégrafos em Belo Horizonte (1936) – projetada pelo arquiteto José Story dos Santos com uma arrojada linguagem protomoderna –, foi construída em substituição à emblemática sede inicial, em estilo Eclético, projetada por Francisco Izidro Monteiro em 1906 e demolida nos anos 1930. Ambas as sedes, instaladas em diferentes endereços da Av. Afonso Pena, serviram de temática para belos cartões-postais da capital. O chamado Protomodernismo, que exubera na obra dos Correios, é o estilo arquitetônico de transição entre o Art Déco e o Modernismo.

🖤  5. EDIFÍCIOS HELENA PASSIG E BANCO MINEIRO DA PRODUÇÃO (1953) – Modernos

FOTO: ACERVO

O Edifício Helena Passig, concebido pelo arquiteto mineiro Raphael Hardy Filho, e a antiga sede do Banco Mineiro da Produção (atual P7 Criativo), desenhado pelo mestre Oscar Niemeyer, são duas notáveis obras de esquina que figuram como marcos urbanos desse período de forte verticalização das construções na região central da capital mineira. As duas torres Modernas, criadas em 1953, são notáveis no coração Belo Horizonte não só pelas elegantes formas aerodinâmicas que arrematam seus volumes voltados para a Praça Sete, mas também pelo harmonioso diálogo formal que estabelecem entre si. Além disso, esse belo dueto arquitetônico incorpora o modelo de inserção nas esquinas de Belo Horizonte, onde as curvas de edifícios de várias gerações arrematam os seus típicos cruzamentos oblíquos.

Uma turma de sortudos vai conhecer melhor esses e outros admiráveis edifícios da avenida Afonso Pena, ao vivo e em cores, no VI Passeio Arquitetônico, que será conduzido pelo Ulisses, entre a Praça Sete e o Parque Municipal, na manhã de sábado do dia 15 de julho. Fique de olho nas próximas turmas.

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