UM ENSAIO SOBRE A DEMÊNCIA

Cheryle St Onge encontrou na fotografia a sua forma de lidar com a “demência vascular” da mãe Carole

Filha fotógrafa homenageia mãe

Não sou mais a “mãe do pai” – aliás, para o senso comum virei órfã – , mas não consigo, nem quero ou pretendo, me desvencilhar do universo de amor que se abriu para mim quando cuidei do meu pai.
Definitivamente não dá para ser a mesma pessoa de antes do furacão Degeneração Cordico-Basal, a doença – prima perversa do Parkinson – levou meu pai em outubro passado. 

Por isso me encantei pela história de Cheryle St Onge, @cherylestonge no Instagram. Filha única, ela encontrou na fotografia a sua forma de lidar com a “demência vascular” da mãe Carole, uma viúva cheia de vida que de repente voltou a ser criança, para dizer o mínimo.

Em situações assim, cada um procura seus artifícios para lidar com a dor. Eu apelei para o humor e a fantasia. Comprava meias coloridas e dava asas à imaginação do meu paizinho, que no fim da vida resolveu sair da caixa e tomar espumante rosé numa segunda-feira qualquer. 

Cheryle, por sua vez, conseguiu imprimir beleza a um quadro que para a grande maioria é desolador e ponto. 

E você, como lida com as voltas que a vida dá? 

NATALIA DORNELLAS
FOTOS: CHERYLE ST ONGE 

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